As práticas da Arte de tocar Bansuri


As práticas da Arte de tocar a flauta Bansuri é um espaço de estudo  para desenvolver habilidades na arte de tocar a flauta bansuri no Rio de Janeiro. Essa oficina é aberta para iniciantes e músicos experientes. Ela se propõe de quebrar as dificuldades que cada instrumento apresenta no início.

Objetivo:
  • Adquirir habilidades na arte de tocar a bansuri e as flautas de bamboo;
  • Descobrir na prática, as técnicas de tocar e produzir um som indiano;
  • Estudar Ragas (composições da música do norte da indiana);
  • Desenvolver um senso musical alcançando suas metas; 
  • Ouvir músicos mais experientes, tocar e compartilhar conhecimentos;
  • Aprender a tocar com os ritmos (taals) indianos (acompanhamento com tabla);
A teoria musical indiana será abordada progressivamente dependendo das necessidades do momento e se necessária.  


Este vídeo está apresentando as minhas oficinas de bansuri em Humaitá no Parque do Martelo no Rio de Janeiro. Isso acontece quinzenalmente no Sábado as 10hr. São oficinas dadas em G e são de graça.  

 
Aula de Bansuri ONLINE:
Este curso propõe os níveis debutante e avançado. O material didático representam um trabalho colossal de redação, gravação sonora e filmagens, além de receber melhorias constantes de acordo com a experiência e as necessidades. Este material é um assistente essencial no acompanhamento das aulas OnLine.

As praticas serão administradas por Jean-Christophe Paramatma
De nacionalidade francesa, começou a tocar jazz, free jazz e música contemporânea na França na década de noventa. A partir de 2006, se dedicou à música do norte da Índia, a qual apreciava há muito tempo. Desde então viaja na Índia regularmente no intuito de aperfeiçoar suas técnicas e habilidades musicais na tabla e na bansuri. Estudou a bansuri com os flautistas Chandra Kant Prasad (Sohan Lal), Ashok Kurma Metha, Ajay Prasanna, Shanish Gyawali e Saubhagya em Delhi. Publicou vários CDs onde interpreta ragas e composições originais inspiradas da musica indiana. 


Contato no WHATSAPP: (21) 99572-5944 


A não improvisação da música indiana

Enquanto na cultura ocidental a palavra IMPROVOSAÇÂO é bem-sucedida e demostra as habilidades e o talento dos músicos, no contexto da música praticada na indiana, essa palavra é a maior parte do tempo rejeitado. 

John Coltrane foi reconhecido no mundo do Jazz tanto por suas composições que por suas famosas formas de improvisações que marcaram mudanças na história da música. O Jazz passou por várias fases onde a improvisação mostrou claramente a sua omnipresença. O Jazz desenvolveu vários estilos de improvisação e está hoje persistindo descobrindo novos caminhos. Isso demostra o nível de vitalidade de uma música no ocidente. A música demostra perdas de vitalidades quando as improvisações não parecem mais improvisações.  Cada forma jazzística deu nascimento aos vários estilos de improvisação.    As improvisações musicais do bibop, do middle jazz, do free jazz e da free music, no jazz rock, para nomear apenas elas, mostram abordagens e regras de improvisação distintas.  Essas diferencias marcaram a história de cada uns deste tipo de música.  A improvisação não é apenas uma particularidade do Jazz. Um número grande de musicas no mundo pratica a improvisação.  Podemos nomear a Pop music, Rock, Punk, Rap, etc...    A mesma coisa acontece em vários outros tipos de musica, mas também nas músicas escritas e primitivas. Na música contemporânea e clássica, de acordo com os compositores, teria um processo de improvisação durante o processo de elaboração das composições. Mozart era um grande improvisador. Produzia-se em publico improvisando no piano.

Este link abaixo mostra que os grandes interpretes da música clássica e barroca utilizem variações. Essas variações na música clássica e barroca são utilizadas como base para improvisar.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Varia%C3%A7%C3%A3o_(m%C3%BAsica)

Dá para admitir que o homem consegue entrar depende num estado criativo, improvisando, antes e durante o processo de escritura musical e também durante a interpretação das composições quando o estilo musical permite.

Na cultura indiana, tanto no sul que no Norte da Índia, não se fala de improvisação. Grandes nomes da música clássica indiana prefiram não falar de improvisação e isso por que antes de chegar a um grande nível de liberdade será necessário decorar muitas frases musicais (tans) que serão utilizadas durante as interpretações das ragas como substituições e variações de pedaços das composições, mas também, os tans poderão possuir outras funcionalidades como:
- Facilitar o retorno á composição da raga;
- Marcar o retorno ao Xam (primeiro tempo do taal);

Existem varias utilidades e o músico vai aprender uma grande quantidade de tans.
Existe uma grande quantidade de tans. Aqueles que estão começando no Xam (início do ciclo do ritmo; aqueles que vão realizar um ciclo completo do taal; aqueles que vão percorrer apenas um pedaço do ciclo;

Como cada música do repertório jazz, cada raga da música clássica indiana possui suas regras. Que os tans e as composições vão ter que respeitar.  

O grande mestre Pandit Nikhil Banerjee disse numa entrevista de TV indiana que não existe improvisação na música dele. Mas o problema e que ele não consegue tocar igualmente duas vezes a mesma raga. Existem várias gravações da mesma raga com tempo de execuções totalmente variáveis. Os ALAP são diferentes. Como ele está chamando estas diferencias?  Estou imaginando que para ele não existem mistérios quando ele está tocando. Cada frase melódica, cada tan (variação), cada momento musical no seu cérebro são conhecidos. Não existem muitas surpresas quando ele está tocando.  Ele está tocando o que ele sabe e o que ele está treinando cada dia, melhorando o seu desempenho em relação ao mesmo raga. Este conhecimento musical será interpretado com a sua própria emoção no tempo real, elaborando versões diferentes não improvisadas. De fato, todo depende do que a gente coloque na palavra improvisação.  Para Pandit Nikhil Banerjee tocar de uma forma fortuita decidindo cada frase melódica ao longo da interpretação não pode se chamar improvisação por que são eventos que ele conheça perfeitamente. Ele reconheça o que ele está tocando como a essência mesma da raga que ele está tocando. O que ele está tocando não poderia ser outra coisa então ele não está considerando o seu ato uma improvisação.  Mesmo se de repente aparece um evento imprevisto antes e/ou durante, ele tocará o que ele conheça com apenas emoções diferentes que mudarão totalmente a maneira de ele tocar o que ele já conheça.

Acho que existe uma similitude com o jazzman que vai cada dia estudar e trabalhar patterns e exercícios múltiplos para tocar uma escala dentro do ritmo e da harmonia das composições. O Jazzman decora bastantes exercícios, frases, passagens subtis de harmonias e poderia dizer um dia que não existem mais surpresas por que o que ele está tocando é perfeitamente maduro e sob controle. O que mudará para este músico será a emoção.
Nós seus exercícios quotidianos, o músico de música clássica indiano vai inventar mais e mais exercícios que vão misturar ritmos, substituições de notas, de frases, elaborar thirai (repetições de frases complexas, praticar exercícios de efeitos sonoros (Isso existe também no jazz), etc, refinando e aumentando as suas possibilidades de variações dentre da raga.  Enquanto o jazzman estará falando de trabalho preparatório para obter mais conforto durante as suas improvisações alguns músicos indianos estarão falando de estudo detalhado da raga. Um amigo Jazzman me disse um dia que os exercícios que ele está começando a praticar hoje vão dar resultados nas suas improvisações só 15 dias depois. Este trabalho de casa contribuirá plenamente na abertura de uma grande liberdade para improvisar. A palavra improvisação não é excluído no mundo do jazz e ao contrario ele se apresentando como um objetivo. Na TV indiana o Pandit Nikhil Banerjee falou claramente que nada do que ele está tocando é improvisado.  

Par contra, outros mestres da música clássica indiana como Rakesh Chaurasia, Sakir, Rajendra Prasanna, para enumerar apenas eles, estão transcendendo este paradismo da maioria dos mestres indianos para criar ao vivo como algumas escola de jazz. Estou convidando agora a ouvir   este concerto do Rakesh. É excepcional e está superando todos os aspectos da tradição e da modernidade. Banir a palavra improvisação seria um crime cultural depois de ouvir estes dois grandes músicos.   https://www.youtube.com/watch?v=wWJRwz7oBb4

Resumo: Tudo depende do que a gente coloque na palavra improvisação. O universo da música indiana permite aprender tantas coisas de forma respetivas e de coro que muitas prefiram adotar a convenção de não utilizar a palavra improvisação.  Em contra parti outros músicos indianos brilhantes irão além destas convenções, criarão em direto como na pratica das grandes escolas de jazz e oferecerão as suas habilidades emocionais como no mundo do jazz.  
Jean Christophe Paramatma,


Para aqueles que gostam curtir as minhas improvisações na bansuri, visualizar os meus dois últimos vídeos no YouTube:

                                                   Remember Miles
http://youtu.be/8hxP_U8nFNg






                       My favorite earth (Raga Chandrakauns)
https://www.youtube.com/watch?v=62reDKLtx4w&list=UUuk5SDqLeMUT3muQIpU-2yA

        Raga JOG - Parte 1 - Helder Araujo & Jean Christophe Paramatma

        Raag JOG - Suite 2 - RamHelder (Violino) & Jean Christophe Paramatma (bansuri)


                           




Novas gravações





New CD - Música para os seus sonhos 

Two hours of music to relax. The sound of Bansuri flute enters into the process of internalization and promotes relaxation during the sessions of yoga and meditation. Outside the consciousness of sensitive centers of the deepest level of being, the action of Indian melodies awakened states of simple contemplation.





The Bansuri is not just a musical instrument, but part the concepts of cultural and religious Hindus. She has a strong meaning in the hands of the Lord Kirsna. The Divine Kirsna passes through musical resonance of a soft breath and magical flute and shows us how strong is this idea of the power of the sound of bansuri.


Far from Indian mythology, the subtle sound of bamboo harmonizes beautifully with the deep forests, the echoes of the mountains, the interiors of Indian temples and churches.
 The melodic improvisations of these two album were fully prepared on the basis of the acoustic sound of the bansuri and ragas of Indian classical music. The purpose of this creation is to promote the power of relaxation that is in each of us, through the traditional bamboo flute, incorporating the simplicity of breathing rejuvenated.